" Rosa Antuña exemplifica o sentido mais pleno de uma espécie de beleza." / "Rosa Antuña exemplifies the fullest sense of beauty." O Estado de São Paulo

" Mais que bailarina, uma artista em plenitude." / "More than a dancer, an artist in plenitude."
Hoje em Dia - Belo Horizonte, MG

“ Vale salientar o refinamento de Rosa Antuña, que também fala, canta e toca instrumentos, habilidades que se somam para projetá-la entre as melhores bailarinas do País.” / "It is noteworthy to point out the refinement of Rosa Antuña, who speaks, sings and plays instruments, skills that combine to project her amongst the best dancers within the country."
O Estado de São Paulo

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sábado, 14 de setembro de 2013

O Vestido/ The Dress - release Português/ English

Um solo de dança, teatro, poesia e canto com criação, direção e atuação de Rosa Antuña.

Diante de reflexões políticas um corpo reage. E esse corpo reflete estados que surgiram tanto diante da opressão, da impotência e do medo quanto da vitória, da força e do êxtase.
O corpo político trazido em "O Vestido" é o espelho da sociedade em que vivemos. Mais ainda, é o espelho do que está por dentro do homem contemporâneo, também dentro de reflexões humanistas, existencialistas e metafísicas. O corpo político busca encontrar na filosofia respostas para as insatisfações do agora.
A movimentação e códigos de ações aliados a textos e sonoridades são construídos à partir das reflexões feitas e que levaram um vestido a se tornar um ser pensante, vivo e ativo e a se comunicar com o mundo através da música do corpo, da dança da voz e da poesia do movimento.

O Vestido é a metáfora dos sonhos almejados. Daquilo que parece inalcansável, inatingível.
O Vestido é também uma força libertadora que leva o ser a transcender os próprios medos e ousar.

" Não sei se foi um sonho, uma visão... mas sei que esse Vestido me fez voar."Rosa Antuña

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ENGLISH

A solo that utilizes dance, theater, poetry and singing created, directed and acted by Rosa Antuña.

Faced with political reflections the body reacts in response. And this body reflects states that arise from oppression, powerlessness and fear and at the same time victory, strength and ecstasy.
A political body brought The Dress into existence and serves as a mirror to the society in wich we live. It is a mirror for what exists inside the contemporary man, also within humanistic reflections, existential and metaphysical. The political body seeks to find philosophical answers to the dissatisfaction of what's happening now.
The choreography and movement phrases, together with the texts and sounds are built from these reflections and led the dress to become a thinking, living, working and communicating being within the world through music of the body, the voice's dance and from poetry in motion.

The dress is also the metaphor of dreams being pursued. The dreams that seem unreachable, unattainable. It is a liberating force that leads our being to transcend our own fears and decide to dare.

" I don't know if it was a dream, a vision... but I know that this dress made me fly." - Rosa Antuña

foto: Marco Aurélio Prates

" Uma mulher em meio ao tédio e monotonia de sua vida, vê um vestido em uma vitrine. Um vestido mágico. O encantamento e desejo pelo vestido tornam-se tão grandes e intensos que ela teme o que aconteceria com ela, caso esse objeto de desejo se tornasse dela.

Ela foge do vestido, mas começa a imaginar incontrolavelmente inúmeras situações onde ela poderia usá-lo. Ela se vê em inúmeras personagens que poderiam usar aquele vestido. Entra em uma dimensão de sonhos onde se transforma a cada instante pelo poder do vestido. A mulher torna-se poderosa, agressiva, consciente, revolucionária, heroína, libertária, dama, rainha, sedutora, política, feminina, rebelde... e inúmeros arquétipos começam a se manifestar naquela mulher que a princípio apenas sonhava acordada, mas que então se torna cada vez mais consciente de toda sua força e poder. Quanto mais ela se afasta do vestido, mais ele a domina. Mais ele se apropria da sua mente, dos seus sentimentos e emoções, do seu corpo, dos seus desejos mais íntimos, dos seus ideais mais secretos.
A mulher foge por temer a transformação que este vestido poderia trazer em sua vida. Ela foge por temer a sua própria força e a sua própria consciência que desperta.

Até que ela se cansa de apenas sonhar e resolve enfrentar seu desejo de frente e tomá-lo para si. É quando a mulher veste o vestido e se vê no espelho.

A mulher então se transforma, se liberta, se reconhece e voa. "

* O trabalho em seu processo de criação teve como inspiração os livros de Lewis Carrol, Alice no País das Maravilhas e Alice através do Espelho, Ecce Homo, de Nietzsche,  e alguns textos sobre estudos de Freud, e ainda os filmes A Jovem Rainha Vitória e Elizabeth.

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